terça-feira, 1 de março de 2016

Prognósticos só no fim do jogo: "Uma muralha cerrada"



Uma deslocação ao castelo Vimaranense não antevia um passeio fácil da equipa verde e branca. O histórico de encontros entre as duas equipas na cidade berço falava por si e os 3-0 averbados na época passada ainda estão bem gravados na memória de todos os adeptos leoninos.

Previa-se um adversário difícil, à procura da sua sorte e a dar tudo o que tinha e o que não tinha para arrancar ao atual líder do campeonato o melhor resultado que lhe fosse possível. 

Acabou por ser um jogo de grande nível das duas defesas: a do Sporting porque soube sempre fechar os caminhos da baliza, proporcionando a Rui Patrício um jogo tranquilo e sem motivos de destaque. Do outro lado estava uma autêntica muralha, bem apetrechada e pronta para travar todas as investidas leoninas no assalto ao castelo.

Na baliza do Guimarães esteve um pequeno grande guarda-redes, um miúdo com apenas 20 anos (parece que temos preferência sobre ele), que para além do desacerto dos atacantes do leão rampante soube travar as restantes investidas com excelentes intervenções.

O Sporting dispôs de quatro oportunidades soberanas para alvejar a baliza do Guimarães: duas na primeira metade (Coates e Slimani) e outras tantas na segunda (Ruiz e William), qualquer uma delas de levar ao desespero o mais contido adepto do universo leonino. 

A uma enorme pressão e raça dos homens de Sérgio Conceição soube sempre o Sporting responder com arte e engenho para sair a jogar com a redondinha e criar diversas opções de perigo, que se foram acumulando ao longo do jogo. Qualquer semelhança com a tareia que levámos o ano passado será pura coincidência.

Destaques para a defesa (grande dupla entre Coates e Semedo), complementada muito bem por Zeegelar (que diferença para melhor a defender para Jefferson) e Schelotto (a cavalgar vezes sem conta corredor fora). William voltou a ser Sir e apenas faltou o golo para coroar a boa exibição que rubricou ontem. João Mário sempre inteligente na ocupação dos espaços. Foi melhor a defender do que a atacar, até porque o seu papel assim o exigia. Gelson foi o elemento menos na equipa e acabou por desperdiçar algumas oportunidades depois de más receções de bola, de mau posicionamento ou de algumas decisões menos acertadas. Ainda assim tentou esticar o jogo e esforçou-se para ajudar a equipa. Bruno César voltou a ser importante na manobra ofensiva e inteligente na conquista de alguns livres. O mago Bryan Ruiz não sabe jogar mal (que cuecada monumental de calcanhar a ganhar a linha ao adversário) mas conseguiu fazer o mais difícil numa bola de cabeça no coração da área, já sem o guarda-redes na baliza. Slimani foi contido, pois estava tapado de amarelos, ainda assim essencial na manobra ofensiva da equipa. Este senhor já não está lá só para encostar. 

Ainda houve tempo para Teo mostrar alguns bons pormenores, provocando desequilíbrios com as suas movimentações na defesa vimaranense. Barcos entrou a 10 minutos do fim para dar também boas indicações, que esperamos que se concretizem em maior poder de fogo no ataque.

Apesar deste empate continuamos ainda assim isolados no primeiro lugar do campeonato, a apenas um ponto do nosso rival de Lisboa. A margem reduz-se, mas a ambição leonina mantém-se intacta. No próximo Sábado o único resultado possível continua a ser a vitória.

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