Da saga "É tarde para economia, quando a bolsa está vazia.", "Quem conta um conto, acrescenta um ponto" e "Antes pouco, honrado, que muito, roubado" hoje conto-vos a história das ovelhas ranhosas da família do primo Bruno:
Em qualquer família que se preze, existem sempre ovelhas
ranhosas. Mesmo nas famílias mais unidas e mais funcionais há sempre aquele
elemento que gosta de estar sempre em oposição e nunca está satisfeito com as
decisões que se tomam. É responsável por criar mau ambiente e por ter sempre o
dedo apontado, pronto a disparar em qualquer direção, mesmo que toda a família
se esforce por o integrar e tente entender e satisfazer ao máximo as suas
lamúrias.
A família do Bruno não é exceção à regra. Apesar da maior
parte da família estar mais unida do que nunca, por reconhecerem que se está a
fazer um bom trabalho pelo bom nome da mesma e pelo sucesso dos negócios ter
aumentado depois de períodos de maior crise, existem ainda assim aqueles que
continuam a torcer o nariz, a arranjar mil e um defeitos, mesmo que sejam
insignificantes e a tentar minimizar o trabalho incansável dos restantes
parentes.
Uns corroem pelas costas sem que se dê conta e fazem-se de
amigalhaços na presença dos familiares. São os verdadeiros chupistas, que
gostam de viver às custas dos outros, mas nunca lhes reconhecem o devido valor.
São como cães que não olham ao dono, demasiado ignorantes e presunçosos para
gratular quem lhes pôs o pão na boca.
Outros são verdadeiros inconformados com a vida. Dizem mal
de tudo e todos às claras e mais depressa elogiam um qualquer desconhecido que
um parente que sempre se preocupou com eles e sempre esteve presente para os
amparar nos momentos mais difíceis. São os verdadeiros arautos da desgraça,
pessoas que sabemos que fazem parte da família, mas que tentamos evitar e
afastar ao máximo pois só trazem corrosão e podridão. Ainda que a família lhes
ofereça tudo o que pode para que prossigam as suas vidas com a maior dignidade,
estão sempre desconfiados com aquilo que lhes é dado e acham sempre que é feito
com segundas intensões. Nunca vão conseguir confiar nos seus parentes, nem
aceitar sem reticências e com gratidão a bondade e a entreajuda alheia, vivendo
toda uma vida de suspeita e calculismo desmedido.
Existem também aqueles que se habituaram a viver às custas
dos outros e quando confrontados com uma nova realidade, em que precisam de
colaborar de alguma forma para justificar o seu ganho, decidiram opor-se à atual
gestão familiar. São pequeninos em tudo e de uma falta de ambição tremenda.
Dizem que o principal lema da família deve ser a honestidade mas acabam por ser
os primeiros a não a cumprir. Nunca souberam sair da caixinha em que se
encontravam, em que as ideias eram escassas e ultrapassadas à realidade atual.
Custa-lhes admitir e até entender como foi possível levantar o bom nome de uma
família em declínio e restaurar os negócios há muito perdidos, com lucros
assinaláveis e com um projeto sustentável para o futuro.
É caso para dizer que com parentes assim ninguém precisa de
inimigos!
Por vezes preocupamo-nos demasiado com os nossos adversários,
mas muitas vezes os nossos piores inimigos são aqueles que nos são mais
próximos.
ESTES TEXTOS TODOS DESTA SAGA ESTÃO EXCELENTES E EXPLICA MUITA COISA QUE PENSO QUE HÁ PESSOAS QUE AINDA NÃO SABEM. MUITO BOM MESMO. PARABÉNS!
ResponderEliminarObrigado pelo elogio Rui!
ResponderEliminarSL