Primeiro jogo do ano... e que jogo! O Sporting tinha a
possibilidade de voltar a ultrapassar o Porto, ficando isolado no primeiro
lugar do Campeonato. Anúncio de bilhetes esgotados fazia prever uma moldura
humana de excelência.
Estava ansioso, pela importância deste jogo. O Campeonato é
uma prova de regularidade e era apenas um jogo e que valia 3 pontos. Mais quais
3 pontos? Ganhar a um adversário direto vale 6 pontos! Já para não contar com a
confiança que ganhar este tipo de jogos dá a uma equipa.
Vou cedo para o estádio. Gosto de fazer o meu estágio e
concentrar-me no jogo, acompanhar o aquecimento das equipas, sentir o ambiente
a aquecer gradualmente. Nota-se a diferença para outros anos: aquecimento de guarda-redes
a privilegiar muito mais exercícios com bola no pé. Durante o aquecimento sorrio
com um comentário “hoje estão com a pontaria afinada”. Aquela indicação,
valendo o que vale, acabou por me deixar mais tranquilo.
Tempo de emoções: vídeo motivacional com texto saído da
sobejamente conhecida Tasca do Cherba, com tema “O Sporting somos nós”, em
agradável e pertinente referência à nova parceria que acabávamos de celebrar. O
que aconteceu de seguida foi arrepiante: quase 50.000 gargantas cantavam “O
mundo sabe que…”, cascóis ao alto, voz a oscilar pela emoção crescente do
momento único, quer pela vontade de querer elevar a voz ainda mais alto, tal é
a paixão que se sente por este grande clube.
E depois disto tudo como poderia o jogo correr mal? Ganhámos
por 2-0 ao Porto, podia o resultado até ter sido mais volumoso, fruto de uma
bola à trave após cabeceamento do Slimani e outra ao poste após um tiro do
Adrien. Do Porto só uma oportunidade de Aboubakar, em que o Patrício foi tão
grande que o dianteiro do Porto não encontrou nenhum espaço livre para alvejar
a baliza leonina.
Foi feita a festa, foi batido o record de assistências em
Alvalade. As boas exibições e os bons resultados trazem obviamente mais gente
ao estádio e é assim que queremos continuar a ver Alvalade: colorida de um
verde e branco sem igual, e preenchida de almas de gentes que sentem o clube
como ninguém.
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