quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Verde no Branco: "Uma questão de escolha?"

O Sporting joga hoje aquele que poderá ser o jogo de despedida dos leões na Liga Europa, a competição secundária da UEFA para os clubes europeus. Não deixa de ser uma competição aliciante, porque ainda assim permite um encaixe financeiro agradável, mas nada comparado com os milhões da Liga dos Campeões.

A abordagem dos verde e brancos a esta competição deixou algumas críticas dos normais profetas da desgraça leonina. Muito se discute porque é que o Sporting não aposta todas as suas fichas nesta competição, pelo prestígio internacional do nosso clube, esquecendo-se que primeiro é necessário começar pelo mais importante: voltar a ganhar um campeonato.

O clube do nosso coração vem de anos e anos de seca, não ganha o campeonato há treze anos, luta contra tudo e contra todos neste momento para se manter em primeiro a todo o custo e ainda assim existem iluminados que consideram que uma equipa em construção, pouco habituada a esta pressão e com um plantel muito interessante, mas ainda demasiado curto para lutar em todas as frentes devia apostar tudo na Liga Europa.

Além de arriscado, dado o formato da competição e às equipas nela envolvidas, com a presença de equipas que caíram da Liga dos Campeões era no mínimo tentar construir uma casa pelo telhado. Tal como tem sido dito e muito bem pelo nosso treinador a prioridade do Sporting neste momento passa por uma afirmação a nível nacional. O primeiro ou mesmo o segundo lugar do campeonato, com acesso direto à Liga dos Campeões representam uma maior estabilidade naquilo que será o planear do futuro do clube.

Como todos sabem para nós não há jogos fáceis. Os jogos são ganhos porque efetivamente o Sporting tem sido superior aos adversários e para tentar continuar a fazê-lo necessita da sua equipa na máxima força.

É fácil falar que se devia fazer isto ou aquilo, quando a única coisa que precisamos fazer é dar a nossa opinião. Possivelmente muitas das pessoas que criticam, se estivessem no lugar do nosso treinador agiriam com muito mais cautela e não afirmariam de ânimo leve que a carne é sempre para meter toda no assador.


Jorge Jesus é um treinador experiente e com provas dadas. Tem ganho a maior parte das competições internas em que participa nos últimos anos, mas não ganhou nada lá fora. E pergunto eu, não é essa a mais fiel realidade atual do futebol português? 

Sem comentários:

Enviar um comentário