quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Verde no Branco: "Bater no fundo"

Bater no fundo talvez seja a expressão que melhor se adeque ao que aconteceu ao Sporting Clube de Portugal durante a última década. A venda de percentagens de passes a fundos por tuta e meia foi a última e desesperada cartada de gestores de Monopólio de fim-de-semana. Não há dinheiro? Não há crise, vende-se ao desbarato e enfiamo-nos num grande buraco. Que senhor buraco em que te enfiaram grande Sporting, com a venda aos fundos dos teus promissores pupilos. Vejamos quão bem foram “despachados” verdadeiros nacos dos nossos craques para os fundos, que famintos encheram a barriguinha sem pagar muito, num verdadeiro all you can eat de percentagens de jogadores:


Foi com a chegada de Bruno de Carvalho ao clube que se começou a trabalhar e bem no caminho inverso, com a aquisição das percentagens de passes detidas pelo Sporting Portugal Fund e Holdimo, naquele que foi um dos grandes pilares do projeto de reestruturação do clube apresentado pelo atual Presidente leonino. 


Voltar a ter em sua posse a totalidade dos passes de William Carvalho e Matheus Pereira, ou recuperar percentagens significativas dos passes de jogadores em plena ascensão tais como: João Mário (30%), Carlos Mané (40%) ou Iuri Medeiros (20%) é uma clara aposta no futuro e num maior retorno de uma possível venda de algum destes atletas. Na maioria dos casos o Sporting passa a ter uma percentagem considerável dos direitos desportivos, arrumando assim a casa de uma situação lesiva para os interesses do clube.

Se o assunto da recuperação dos passes foi tratado com mestria, as renovações com os jogadores mais importantes continua a ser uma tarefa que requer bastante capacidade negocial, dada a qualidade dos nossos jogadores, o assédio de clubes estrangeiros com outra capacidade financeira a que se junta a contensão salarial que o clube ainda vai tentando, e bem, manter dentro do possível.

As recentes renovações de William Carvalho e Adrien Silva deixam-nos também descansados neste capítulo. Tudo tem sido feito para manter os melhores, resistindo à cobiça dos mercados mais agressivos e jogadores com muita visibilidade como Rui Patrício, Adrien Silva, Islam Slimani ou William Carvalho continuam a vestir a verde e branca, fruto do bom trabalho e do esforço desta direção.

Na tabela acima podemos verificar que todos os jogadores têm durações de contratos adequados à sua idade e relevância atual na equipa. O próximo caso a resolver será provavelmente o de Rúben Semedo: um jogador jovem que finalmente teve a sua oportunidade no plantel principal e parece desde já estar a convencer, ganhando inclusive um lugar no onze inicial em 2 dos últimos 3 jogos. Tenho a certeza de que assim como todos os Sportinguistas que já estão a pensar neste assunto, o nosso sempre atento Presidente também já estará a pensar na melhor forma para abordar e resolver este tema.

2 comentários:

  1. Espero é que o empresário de Ruben Semedo tenha aprendido qualquer coisa com o caso Bruma visto que ainda o rapaz fez alguns jogos a titular e o tipo já veio para os pasquins debitar opiniões e pôr-se em bicos de pés. Espero que o jogador tenha cabecinha e se lembre que os Catios desta vida só se interessam por uma única coisa e não é, por vezes, pela melhor orientação da carreira dos jogadores que representam.
    SL

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  2. É um assunto que realmente preocupa. Não sei até que ponto o Rúben tem cabecinha para decidir por si ou deixar-se influenciar por este abutre que teima em vir falar para a comunicacao social para tentar pressionar o Sporting.

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