Bater no fundo talvez seja a expressão que melhor se adeque
ao que aconteceu ao Sporting Clube de Portugal durante a última década. A venda
de percentagens de passes a fundos por tuta e meia foi a última e desesperada
cartada de gestores de Monopólio de fim-de-semana. Não há dinheiro? Não há
crise, vende-se ao desbarato e enfiamo-nos num grande buraco. Que senhor buraco
em que te enfiaram grande Sporting, com a venda aos fundos dos teus
promissores pupilos. Vejamos quão bem foram “despachados” verdadeiros nacos dos
nossos craques para os fundos, que famintos encheram a barriguinha sem pagar
muito, num verdadeiro all you can eat de percentagens de jogadores:
Foi
com a chegada de Bruno de Carvalho ao clube que se começou a trabalhar e bem no
caminho inverso, com a aquisição das percentagens de passes detidas pelo
Sporting Portugal Fund e Holdimo, naquele que foi um dos grandes pilares do
projeto de reestruturação do clube apresentado pelo atual Presidente leonino.
Voltar a ter em sua posse a totalidade dos passes de William
Carvalho e Matheus Pereira, ou recuperar percentagens significativas dos passes
de jogadores em plena ascensão tais como: João Mário (30%), Carlos Mané (40%)
ou Iuri Medeiros (20%) é uma clara aposta no futuro e num maior retorno de uma possível
venda de algum destes atletas. Na maioria dos casos o Sporting passa a ter uma
percentagem considerável dos direitos desportivos, arrumando assim a casa de
uma situação lesiva para os interesses do clube.
Se o assunto da recuperação dos passes foi tratado com
mestria, as renovações com os jogadores mais importantes continua a ser uma
tarefa que requer bastante capacidade negocial, dada a qualidade dos nossos
jogadores, o assédio de clubes estrangeiros com outra capacidade financeira a
que se junta a contensão salarial que o clube ainda vai tentando, e bem, manter
dentro do possível.
As recentes renovações de William Carvalho e Adrien Silva
deixam-nos também descansados neste capítulo. Tudo tem sido feito para manter
os melhores, resistindo à cobiça dos mercados mais agressivos e jogadores com
muita visibilidade como Rui Patrício, Adrien Silva, Islam Slimani ou William
Carvalho continuam a vestir a verde e branca, fruto do bom trabalho e do
esforço desta direção.
Na tabela acima podemos verificar que todos os jogadores têm
durações de contratos adequados à sua idade e relevância atual na equipa. O
próximo caso a resolver será provavelmente o de Rúben Semedo: um jogador jovem
que finalmente teve a sua oportunidade no plantel principal e parece desde já
estar a convencer, ganhando inclusive um lugar no onze inicial em 2 dos últimos
3 jogos. Tenho a certeza de que assim como todos os Sportinguistas que já estão
a pensar neste assunto, o nosso sempre atento Presidente também já estará a
pensar na melhor forma para abordar e resolver este tema.
Espero é que o empresário de Ruben Semedo tenha aprendido qualquer coisa com o caso Bruma visto que ainda o rapaz fez alguns jogos a titular e o tipo já veio para os pasquins debitar opiniões e pôr-se em bicos de pés. Espero que o jogador tenha cabecinha e se lembre que os Catios desta vida só se interessam por uma única coisa e não é, por vezes, pela melhor orientação da carreira dos jogadores que representam.
ResponderEliminarSL
É um assunto que realmente preocupa. Não sei até que ponto o Rúben tem cabecinha para decidir por si ou deixar-se influenciar por este abutre que teima em vir falar para a comunicacao social para tentar pressionar o Sporting.
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