Da saga "É tarde para economia, quando a bolsa está vazia." e "Quem conta um conto, acrescenta um ponto", hoje conto-vos a história dos senhores que deveriam zelar pela justiça e pelos interesses de toda a população da vila:
Na vila do primo Bruno, abundam os agentes da autoridade.
Quem não conhece o chefe Pereira, o agente Mota ou o agente Simões?
São figuras conhecidas de todos os habitantes, é um facto,
mas nem todos lhes dão crédito, por saberem que apesar de vestirem uma farda
que em teoria lhes deveria conferir uma autoridade soberana e todo o respeito, são
criaturas nojentas e sem escrúpulos que se servem dos seus pergaminhos para corromper
em vez de colocar em prática as leis.
Fecham os olhos aos amigalhaços das patuscadas e aproveitam
o horário de serviço para combinar todo o tipo de esquemas que lhes possam ser
rentáveis de alguma forma. Basicamente sabem de todos os podres lá da vila, mas encobrem
a seu belo prazer aqueles que lhes enchem de alguma forma os bolsos ou os saibam
aliciar.
Lá na vila a máfia é livre de montar os seus esquemas, aos
olhos de toda a população, que olha incrédula para tamanha criminalidade. Os
roubos são feitos à luz do dia, de uma forma indecente e sem-vergonha, com os
lesados a pedirem constantemente explicações aos agentes que vão assobiando
para o ar e deixando passar incólumes os crimes que se vão cometendo.
O contrabando e tráfico de droga também são do conhecimento
das autoridades, mas como vão recebendo incentivos para se manterem calados e
todos ganham com o negócio tudo prossegue na maior das tranquilidades, como se
de nenhuma anormalidade se tratasse.
Alguns habitantes lá da vila continuam a trabalhar
honestamente para ganhar o seu sustento do dia-a-dia. Outros preferem o caminho
mais fácil e justam-se à rede de tráfego e influências que por lá reside e
conseguem assim enriquecer de forma desonesta e desleal.
Vai haver sempre lá na vila quem tente desmascarar esta enorme
rede criminosa, mas lutar contra aqueles que têm o poder e que deveriam zelar
pela justiça adivinha-se uma tarefa muito complicada.
Vai ser necessária muita persistência e união de todos os
injustiçados e não ter medo de denunciar todas as falcatruas que forem testemunhadas
às autoridades superiores para um dia acabar com toda a paz podre que reina lá
no lugarejo.
Parabéns caro Wolfish. Grande texto, na linha dos anteriores.
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Obrigado caro Mário Santos!
ResponderEliminarSL